Foto: Netflix A Variety confirmou que a popular série de ficção científica "Black Mirror" retornará para uma sétima temporada. O programa, criado por Charlie Brooker, retornou às telas no início deste ano após um hiato de quatro anos, alcançando números recordes de visualizações no Netflix. De acordo com a plataforma de streaming, a série atingiu o Top 10 em 92 países e permaneceu por quatro semanas no Top 10 global de séries em inglês da Netflix.
O elenco da 7ª temporada ainda não foi confirmado, mas a Variety entende que a série está programada para entrar em produção no final deste ano, com Brooker, Annabel Jones e Jessica Rhodes retornando como produtores executivos. Detalhes da trama e número de episódios ainda estão sendo mantidos em segredo.
A sexta temporada, que consistiu em cinco partes, contou com uma série de nomes famosos, incluindo Salma Hayek, Annie Murphy, Aaron Paul, Josh Hartnett e Paapa Essiedu, entre outros. A quinta temporada foi composta por apenas três episódios e estrelou Andrew Scott, Anthony Mackie, Yahya Abdul-Mateen II, Topher Grace e Miley Cyrus.
Os direitos de "Black Mirror" são complicados, o que em parte explica o atraso entre as temporadas 5 e 6. Brooker e sua parceira criativa Jones deixaram sua produtora, a House of Tomorrow, apoiada pela Endemol Shine, em janeiro de 2020 para se estabelecer na Netflix sob um novo banner de produção chamado Broke and Bones. Mas, sob os termos de seu acordo, os direitos de "Black Mirror" permaneceram com a Endemol Shine, que foi adquirida pelo Banijay Group em 2020. A Banijay Rights licencia o programa para a Netflix.
A série distópica muitas vezes foi creditada por prever o futuro das maneiras mais deprimentes. A temporada mais recente, lançada em junho, abriu com um episódio sobre um serviço de streaming chamado Streamberry que cooptava vidas de pessoas em tempo real usando IA para transformá-las em programas para sua plataforma. Brooker disse à Variety que o episódio foi escrito antes do programa de IA ChatGPT se tornar notícia nacional (tanto as negociações do WGA quanto do SAG-AFTRA incluíram o uso permitido e o escopo da IA).
"Eu me preocupo com o que acontece para viver - geralmente é o que eu faço - e estou muito preocupado com a IA e o uso de ChatGPT e coisas assim", disse ele durante um comício em Londres em apoio à greve dos escritores no início deste ano. "Essa é uma preocupação particular para mim, então é por isso que estou aqui." Quando perguntado se o episódio era, portanto, outro exemplo de "Black Mirror" prevendo o futuro, ele respondeu: "Infelizmente, neste caso."
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