A Mob Entertainment, desenvolvedora do sucesso Poppy Playtime, entrou com uma ação judicial contra o Google, alegando que a empresa não conseguiu remover aplicativos fraudulentos da Google Play Store. Esses apps, criados pela Daigo Game 2020 Inc., utilizam o nome e o material promocional de Poppy Playtime para enganar consumidores, cobrando até US$ 95 por um conteúdo inexistente.
De acordo com a Mob Entertainment, os apps falsos, intitulados Poppy Playtime: Chapter 3 e Poppy Playtime: Chapter 4, utilizam personagens e imagens do jogo oficial, mas não oferecem nem mesmo uma cópia genérica ou derivada. Em vez disso, os usuários são direcionados a pagar por algo chamado "Guide Wuggy Playtime Mod". A empresa também acusa o Google de lucrar com a fraude, recebendo uma porcentagem das vendas, que varia de 15% a 30%.
Apesar de diversas tentativas de contato com o Google ao longo de meses, a Mob afirma que os aplicativos fraudulentos continuam reaparecendo na loja digital, mesmo após serem removidos. Além disso, os apps falsos já foram baixados mais de um milhão de vezes, enquanto o jogo original, um produto premium, registra 10 mil downloads. Segundo a Mob, essas práticas prejudicam a imagem de Poppy Playtime, associando-o a produtos de baixa qualidade.
Na ação, a Mob Entertainment busca compensação de mais de US$ 75 mil, além de danos de US$ 150 mil por cada infração de copyright, e todos os lucros obtidos pela Daigo e pelo Google com os apps fraudulentos. A empresa também solicita uma liminar para impedir futuras violações de marca e direitos autorais. Este caso é mais um exemplo de como plataformas digitais enfrentam desafios para combater fraudes e proteger a propriedade intelectual de desenvolvedores de jogos.