A Rebellion Developments, conhecida por sua franquia Sniper Elite, está se aventurando em um novo território com Atomfall, um jogo de sobrevivência pós-nuclear em primeira pessoa. Diferente dos jogos anteriores do estúdio, este título coloca um forte foco na narrativa, na exploração e nas escolhas do jogador. Com lançamento previsto para 27 de março de 2025, o game estará disponível para PS5, Xbox Series X/S, PS4, Xbox One e PC, além de estar no catálogo do Game Pass.
A história de Atomfall se passa no norte da Inglaterra, cinco anos após o incêndio de Windscale em 1957, um desastre nuclear real. O jogador acorda sem memória em uma zona de quarentena e precisa desvendar os mistérios ao seu redor. Quem é a voz ao telefone que ordena um assassinato? O que significa o estranho pilar de luz vindo do local do desastre? Como escapar desse lugar perigoso? Essas questões guiam a jornada, mas a forma como cada jogador irá desvendá-las depende exclusivamente de suas decisões.
Diferente dos RPGs convencionais, Atomfall não segue uma estrutura tradicional de missões. Em vez disso, o jogo apresenta "Leads" – pistas que sugerem caminhos e mistérios a serem investigados. O jogador pode seguir uma nota enigmática até um antigo acampamento druida, atender a um telefonema suspeito no meio do nada ou simplesmente ignorar tudo e explorar livremente o mapa. Essa abordagem incentiva um estilo de jogo mais orgânico e envolvente, sem um roteiro rígido a ser seguido.
Assim como em Fallout, Atomfall traz um sistema de diálogos onde cada escolha pode influenciar a narrativa e as relações com os NPCs. Durante a jornada, será possível interagir com personagens como Billy Gorse, um mercador infectado, ou Mother Jago, uma curandeira refugiada em uma antiga mina. O tom das respostas pode gerar confiança ou desconfiança, alterando o rumo da história de maneira imprevisível.
O mundo de Atomfall está repleto de perigos. Além de saqueadores e soldados da organização Protocol, há cultistas druidas, humanos mutantes conhecidos como Ferals e até plantas radioativas que disparam projéteis venenosos. O jogador pode optar por evitar confrontos, intimidar inimigos com armas ou partir para o combate direto usando facões, machados, armas de fogo e até explosivos. A abordagem escolhida pode afetar a dificuldade e o desenrolar da história.
A sobrevivência em Atomfall exige planejamento. O jogador terá um espaço de inventário limitado, mas poderá armazenar itens em Pneumatic Caches espalhadas pelo mapa, permitindo recuperá-los em outros locais. Além disso, o jogo conta com um sistema de crafting, onde será possível fabricar bandagens, munição, antídotos e até armadilhas explosivas, utilizando materiais coletados no ambiente.
Conforme avança na campanha, o jogador pode desbloquear novas habilidades para melhorar suas chances de sobrevivência. Algumas aumentam o dano corpo a corpo, outras reduzem o som dos passos para favorecer a furtividade, e há até mesmo a possibilidade de desmontar armadilhas e usá-las contra inimigos. Essa personalização permite adaptar o estilo de jogo às preferências individuais.
Segundo Ben Fisher, chefe de design do jogo, Atomfall traz eventos experimentais que podem alterar drasticamente o mundo do jogo. Determinadas ações podem reduzir ou aumentar a presença de inimigos em certas áreas, modificar o comportamento dos NPCs ou até gerar consequências inesperadas. Isso significa que cada jogatina pode oferecer uma experiência única, tornando a rejogabilidade um dos pontos fortes do título.
O jogo contará com easter eggs relacionados a outros títulos da Rebellion, incluindo Sniper Elite, e até referências à cultura britânica. Além disso, uma expansão da história já está confirmada, disponível na edição Deluxe, mas ainda sem data de lançamento definida.
A duração de Atomfall dependerá das escolhas do jogador. Segundo a Rebellion, uma campanha completa pode levar entre 15 e 25 horas, mas há conteúdo suficiente para quem quiser explorar cada canto do mapa e testar diferentes abordagens. Um dos desenvolvedores revelou que, mesmo após 20 horas de jogo, ele ainda não havia explorado toda a floresta nem conversado com metade dos NPCs.
Com um mundo rico, decisões impactantes e um sistema de exploração inovador, Atomfall promete ser uma experiência imersiva para os fãs de jogos de sobrevivência e narrativa. Agora, resta aguardar o lançamento em março para descobrir os segredos deste cenário pós-nuclear.